Entre o nada e o tudo

aquele momento do sonambolismo em que você está prestes a despertar e tudo o que há a sua mente é -ah, merda- estou assim há mais tempo do que serei capaz de contar, seria mais simples despertar de vez, mas continuo neste momento anterior em que se repete incessante -ah, merda-

(...) - então doutor, o que eu faço agora? -Grite. grite bem forte e alto em dose diária. -e isso vai funcionar? -Se não funcionar, ao menos alguém que não seja surdo poderá vir te ajudar, quem sabe? -e como eu saberei se não são todos surdos, doutor? -Ah, criança... quando você descobrir me conte, por favor. PS: Ah, sim. sei que está manjado, mas o silêncio também grita.