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Mostrando postagens de novembro, 2015

O pôr do Sol morrendo

Desde já já tenho Um crepúsculo morrendo em mim E morre lindamente Como que mais completo agora que se vai Mais atenta ao que me acalenta Parei de tentar reacender O que nasceu com propósito de ser temporal  Voou tudo, mas não tudo E como é possível tal? Não sei, talvez nem seja possível.  Não é! É impossível!  E o impossível existe e eu creio nele, Porque dentro de mim há um pôr do sol morrendo  E quando se põe ele está sempre pensando renascer. Meu coração espera a chegada da manhã.

No fim da tarde

No fim de tarde vermelho já tinha até me esquecido quem era eu, mas por Deus, quando isso foi algo que soube? Queria sorrir, queria chorar. O horizonte à fora, noite à dentro. Verdes pássaros voando em círculos, estão perdidos? estão num ritual passaridíco? Qual a diferença do morrer para o nascer do sol? Investigando quantas flores cabem no jardim, esqueci de plantá-las por pensar demais. Regras demais para simples flores. Noite à dentro, estou sem sono e sem vontade de dormir. Olho ao longe e escuto vozes vindas da escuridão do horizonte. Qual a diferença do nascer para o morrer? Regras demais para simples flores. Noite à dentro, estou sem sono e sem vontade de dormir. Olho ao longe e escuto vozes vindas da escuridão do horizonte.

Mergulho-me

Essa coisa de mergulhar em mim Eu quero Para quando voltar a superfície Olhar para o céu e sorrir: "Estou tão viva!"

Pra onde levam? Levam?

Não sei se ando pra cima Ou pra baixo Nesta escadaria infinita. Elas levam para algum lugar ou é você quem vai? Não sei se ando.

Preciso sentir falta

Olhe, pôr do sol Eu não estou de mal com você Apenas afastada o suficiente Para sentir sua falta. E eu sinto sua falta. Estou tão off Estou tão down Estou por aí sem luz dourada Sua luz dourada pôr do sol.
Meu coração está queimando E eu sinto tanto Pois tento não ignorar Mas penso se não seria menos doloroso Estar alienada de tantas dúvidas.

O inverno passou?

No meio da noite Na escuridão                          Com olhos cansados                          com a vela mão,  A chuva caindo Parece sem fim                             No inverno de agosto                             o que será de mim? Minhas dúvidas me mantém acesa E eu só quero sem arrependimento  apenas deitar e dormir.

Tão cheios

Penso na quantidade de dias em que não faço nada Penso na quantidade de nadas que preenchem meus dias Penso que as vidas de nada não são só vazias São as complexas vidas Inundadas na agonia do querer e não saber O nada nunca é nada só São vários nadas são várias coisas Que fazem nós em cabeças Penso em quanto meus dias são sucessões de nadas.  Penso também o quanto são cheios.

Sem um modelo

Quero te amassar como massa de modelar Mas sem modelo Sem script Sem roteiro                       De um jeito meio ligeiro                       Meio lento                       Meio meio Eu quero mais é fazê-lo inteiro Desmembrando as partes Como quem não decide devorar ou proteger Ainda não decidi E amasso enquanto não.