Levanta essa bunda desse chão cheio de lama e sacode a poeira. (Que poeira o que!? Um bom banho para livra-te do lamaçal, lave essa alma...) Levei um grande tombo tentando voar, pássaro com penas cortadas, tenta voar e cai. O tempo passa, as penas crescem, mas o pássaro não percebe. Ainda pensa no tombo, mesmo tendo crescido, o pobre. Olha para o céu com vontade. Esse pássaro precisa de um empurrão, ou melhor: um impulso para o alto, porque, ei, eu posso voar, minhas penas cresceram. Sempre há asas onde há sonhos. Hey, medo, desça deste teu trono, seja humilde e só observe. Baby, baby: o céu é amplo e cabe todos nós. Nós que temos asas cheias de desejo de voar.